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Madeleines (de Proust)

A “madeleine” de Commercy nasceu (ou tornou-se famosa) nas cozinhas de Estanislau I da Polônia, por volta de 1750. Este deposto rei da Polónia, semi-exilado no leste de França, viu de repente a sua filha Maria tornar-se rainha de França, pelo casamento com o duque de Bourbon, que se tornou no rei Luís XV de França. Desta forma, Stanislas tornou-se facilmente duque da Lorena, melhorou a cidade de Nancy em termos arquitetónicos, estando aí sepultado.

Desta forma, é muito possível que um simples doce regional se tivesse “notabilizado”, primeiro na corte do duque da Lorena, depois na do rei de França. O certo é que não se sabe se teria sido alguns dos cozinheiros do duque a “inventar” a iguaria, ou quem teria sido, como se queixava em 1843 o historiador Charles Dumont.

A HISTÓRIA DAS MADELEINES

Em 1755, Stanislas, o Rei da região da Lorraine, organiza um jantar. No meio da festa, o pâtissier da corte briga na cozinha e pede demissão, deixando a refeição sem sobremesa.

Para resolver o problema, uma jovem serviçal que trabalhava ali faz um bolinho que era receita da sua família.

Quando come o doce, o rei pergunta quem fez a sobremesa. A jovem se apresenta, ainda com as mãos sujas de farinha. O rei pergunta o nome da receita e a moça diz que não tem um nome, que é uma receita tradicional de sua cidade, Commercy, em dias de festa. O rei então pergunta o seu nome e ela responde: Madeleine. A partir daí esses bolinhos, em forma de concha, ficaram conhecidos como madeleines de Commercy.

Receita de madeleines

Para 20 madeleines
Preparação: 10 min
Tempo de cozimento: cerca de 15 minutos
Dificuldade: Fácil
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Ingredientes:

100 g de manteiga + para um pouco para untar
1/4 limão (ou outro sabor: baunilha, água de flor de laranja…)
2 ovos
120g de açúcar
100g de farinha
3g de fermento em pó
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Preparação:

1. Pré-aqueça o forno a 220°C (terma. 7-8).
2. Em uma panela pequena, derreta a manteiga em fogo baixo. À parte raspe a casca de 1/4 de limão.
3. Em uma tigela, bata os ovos e o açúcar até obter uma mistura espumosa. Adicione a farinha e o fermento peneirado, mexendo sempre. Despeje a manteiga devagar (para evitar deixar cair o soro de leite). Por fim, adicione as raspas de limão e misture bem.
4. Unte a forma de madeleine. Preencha com 2/3 da massa. Asse em forno a 220°C durante 5 minutos, em seguida, abaixe a temperatura para 200°C e cozinhe por 10-15 minutos.
5. Desenforme ainda quente e deixe esfriar antes de servir.
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Dica:

Se você não usar toda a massa de madeleine no mesmo dia, você pode mantê-la na geladeira e assá-la mais tarde.

O Presunto Jamón

Presunto é um produto alimentar do ramo da charcutaria, formado pela perna inteira do porco, que é curada, por vezes apenas com sal, outras vezes temperada com condimentos e até fumada. Dependendo do tipo de cura, do grau de secagem e das condições de armazenagem, o presunto pode manter-se com boas características organolépticas durante períodos longos e ser consumido, tanto fatiado em sanduíches ou como aperitivo duma refeição, ou ainda fazendo parte de outra preparação culinária.

A conservação de alimentos com sal, retirando-lhes uma parte da água e evitando o crescimento de bactérias ou outros organismos que possam deteriorá-los, é um processo muito antigo, tanto que foi descrito por Marco Pórcio Catão no século II ou III a.C. na sua obra “De Agricultura”. Os latinos chamavam a este produto “perexsuctum”, com o significado de “enxuto” ou “privado de água”, palavra que se tornou em “presunto”, em português e “prosciutto”, em italiano.

Espanha

O presunto (em espanhol: jamón) é um produto tradicionalmente muito consumido na Espanha, pelo que existem diversos modos de fabrico e denominações. Em traços gerais, podem distinguir-se dois grandes tipos de jamones, segundo a raça do porco usada: o porco ibérico (usualmente designado em Portugal por porco preto ou pata negra) para o jamón ibérico (presunto ibérico) e porco branco para jamón serrano.

As principais características do presunto ibérico, que o distinguem pela sua qualidade, derivam da pureza da raça dos animais usados, da criação em regime extensivo e em dehesas (pastagens de montado) onde podem mover-se livremente, da alimentação dos animais e da cura, que é nomeadamente dura entre 8 e 36 meses. O jamón ibérico distingue-se dos restantes tipos de presunto pela sua textura, aroma e sabor singulares e distinguíveis, embora o sabor varie conforme a quantidade de bolota ingerida pelo porco e do exercício físico que ele tenha feito.

Geralmente a classificação dos presuntos espanhóis baseia-se na quantidade de bolota usada na alimentação dos porcos antes do abate. A classificação oficial para os jamones ibéricos agrupa-os em: Jamón Ibérico de Cebo, Jamón Ibérico de Cebo Campo, Jamón Ibérico de Recebo e Jamón Ibérico de Bolota. Algumas regiões com tradição de elaboração de presunto criaram, em conjunto com o Ministério do Meio-ambiente e Meio Rural e Marinho, as “Denominações de Origem”, que exigem e controlam o cumprimento de determinadas características para que possam levar o selo de qualidade. As denominações de origem reconhecidas do porco ibérico são: Jamón Ibérico D.O. de Huelva, Jamón Ibérico D.O. Los Pedroches, Jamón Ibérico D.O. de Guijuelo, e Jamón Ibérico D.O. Dehesa de Extremadura. As denominações de origem estão protegidas legalmente pelo Regulamento Europeu (CE) nº 510/2006 do Conselho da União Europeia.

Além das denominações de origem oficiais, existem diferentes denominações comerciais conhecidas pelo consumidor espanhol, mas frequentemente confundidas pela sua ambiguidade, como são os casos do “Jamón de Pata Negra”, “Jamón de Jabugo” (ou de de Huelva) ou “Jamón 5J”. Para avaliar sua qualidade só existe a classificação oficial, a qual deve constar na etiqueta identificativa da peça (anilha).

O jamón serrano ou jamón branco procede de variedades de porco branco, e distingue-se facilmente pela cor da pele do pernil. Denomina-se serrano quando se cura em clima de serra, frio e seco. Atualmente está regulado pelo Regulamento comunitário 2082/92, no qual se definem as características do processo e do produto acabado. Distinguem-se três qualidades de jamón serrano, segundo a sua cura: bodega (adega), reserva e grande reserva. Entre os jamones serranos mais famosos encontram-se os das províncias de Granada e de Salamanca, mas são produzidos em muitas outras regiões, dentre as quais cabe nomear as denominações de origem de Jamón de Teruel, em Aragão e o Jamón de Trevélez (IGP), na Andaluzia, além de outras produções sem denominação mas com tradição jamonera como o jamón de chato de Múrcia ou o jamón de porco Duroc.

Portugal

As principais variedades em Portugal são o de Chaves, Barroso, Barrancos, e Vinhais.

Os primeiros registos referentes ao presunto remontam ao Império Romano, embora os primeiros porcos da península Ibérica tenham sido trazidos pelos Fenícios. As atuais raças resultam do cruzamento destes porcos com os javalis que por cá existiam.

As condições naturais de criação destes porcos, feita em regime extensivo, com alimentação constituída pelos produtos naturais das regiões onde crescem, confere à sua carne características próprias e diferenciadas, ocorrendo o abate entre os dezasseis e os dezoito meses.

Presuntos com DOP

Foram reconhecidos com Denominação de Origem Protegida (DOP), de acordo com as normas da União Europeia, os seguintes presuntos:

Presunto de Barrancos;
Presunto do Alentejo e Paleta do Alentejo.

Presuntos com IGP

Foram reconhecidos com Indicação Geográfica Protegida (IGP), de acordo com as normas da União Europeia. os seguintes presuntos:

Presunto de Barroso;
Presunto de Campo Maior e Elvas e Paleta de Campo Maior e Elvas;
Presunto de Santana da Serra e Paleta de Santana da Serra;
Presunto de Vinhais ou Presunto Bísaro de Vinhais;
Foi ainda apresentada, em meados de 2012, a candidatura do Presunto de Melgaço.

Outros presuntos

Presunto de Chaves
A principal área geográfica de produção do presunto de Chaves abrange os concelhos de Chaves, Boticas, Montalegre e Valpaços, no distrito de Vila Real. Uma zona que engloba também a região do Barroso, de onde é originário o Presunto de Barroso IGP.

Apesar das suas qualidades o presunto de Chaves não possui a distinção de Denominação de Origem Protegida ou de Indicação Geográfica Protegida.

A difusão do presunto de Chaves no mercado português teve início em 1910, quando uma família local o começou a comercializar em Lisboa. O auge de popularidade deste produto teve lugar nas décadas de 1960 e 1970. Na década de 1980, o presunto de Chaves viu chegar um período de declínio, motivado por quedas na produção, migrações das populações rurais antigamente associadas à produção artesanal, desrespeito pelos processos tradicionais, no que diz respeito à salga e à alimentação dos porcos, e, ainda, à introdução de presunto espanhol no mercado português. A produção baseia-se no consumo local, mas existem esforços para que num futuro próximo ganhe expressão no mercado, através da modernização da sua produção e da sua comercialização.

Para que a carne destinada ao presunto seja produzida de acordo com as regras em vigor, destacam-se, designadamente, o controle e a identificação dos animais, o saneamento e a assistência veterinária, todo o sistema de produção, a sua alimentação e as condições no abate, a forma de cura e o tratamento necessário para obtenção do produto final, o presunto.

Itália

Prosciutto é a palavra italiana para presunto, embora muitas pessoas não-italianas associem esta palavra com um tipo especial de presunto; na realidade, o prosciutto do norte da Itália é curado apenas com sal e seco ao ar durante um período que pode chegar a dois anos. Na Itália, o termo “prosciutto” refere-se principalmente ao produto não cozinhado, também conhecido como “prosciutto crudo”, que é consumido em fatias muito finas, tanto como antepasto ou misturado noutra preparação culinária; diferentemente, o “prosciutto cotto”, ou “presunto cozido” é o mesmo que fiambre.

Há diferentes tipos de prosciutto e muitos deles são considerados com Denominação de Origem Protegida. Um dos mais conhecidos é o presunto de Parma, para o qual os porcos devem ser alimentados com coalho e soro do queijo parmesão. Outros presuntos com origem protegida são o San Daniele, da região de Friuli, o Prosciutto Veneto Berico-Euganeo, do Veneto, e o “Prosciutto Toscano” (da Toscânia). O Prosciutto di Norcia, do sul da região da Úmbria, tem o estatuto de Indicação Geográfica Protegida.

Bulgária

O Elenski but (ou perna Elena) é um presunto seco curado da cidade de Elena, no norte da Bulgária, sendo popular em todo o país. A carne apresenta um sabor específico e pode ser preservada ao longo de diversos anos, devido tanto ao processo original de fabricação do produto, como às condições climáticas da parte da Cordilheira dos Bálcãs, onde Elena está localizada.

China

A existência do presunto seco chinês tem sido relatada desde a dinastia Sung, sendo este usado em muitos pratos. Existiam diversos tipos durante a dinastia Qing, sendo usados em pratos de presunto estufado (火腿炖肘子) e vegetais, ou para uma diversificada quantidade de sopas, além da importante Sopa asiática. Um dos mais famosos presuntos chineses é o presunto Jinhua, um presunto seco curado, o qual é usado para produzir um prato conhecido como “Buda saltando sobre uma parede”. O presunto Jinhua é usado na culinária chinesa para dar sabor de cozido e assado aos alimentos, bem como para fazer bases para caldos e sopas. O presunto foi premiado pela primeira vez em 1915 na Panama International Merchandise Exhibition.

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Black Friday – Sexta Feira Negra

Há vestígios de que a denominação surgiu no início dos anos 90 na Filadélfia, quando a polícia local chamava de Black Friday o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. Havia sempre muitas pessoas e congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o natal. O termo já foi associado com a crise financeira que atingiu os Estados Unidos em 1869. Também passou a ser usado em 1966, mas só se tornou popular em 1975 quando o uso do termo passou a ser conhecido por meio de artigos publicados em jornais, que abordavam a loucura da cidade durante o evento.

Já se referiu ao período de conforto financeiro para os varejistas. No início de 1980, foi criada uma teoria que usava a cor vermelha para se referir aos valores negativos de finanças e a cor preta para indicar valores positivos. O período negativo correspondia ao período de janeiro a novembro e o lucro acontecia no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças e permanecia até o final do ano.

Alguns anos depois, Black Friday foi o nome usado pelos varejistas para indicar o período de maior faturamento e desde então é a data mais agitada do varejo no país. No dia do evento muitas lojas abrem bem cedo, algumas com até quatro horas de antecedência, para atrair o maior número de consumidores através de ofertas. Milhares de pessoas aguardam em filas enormes. Embora não seja um feriado, muitas pessoas ganham o dia de folga e se tornam consumidores com grande potencial. O dia também é conhecido por dar início à temporada de compras de natal. A popularidade do evento é grande, sendo que os descontos oferecidos são considerados mais atrativos do que os natalinos por muitos consumidores.

Black Friday no Brasil

O primeiro Black Friday do Brasil aconteceu no dia 28 de novembro de 2010 e foi totalmente online. A data reuniu mais de 50 lojas do varejo nacional.

Em 2013, a Black Friday no Brasil bateu seu recorde, lucrando R$770 milhões em comércio online. Os produtos mais almejados são televisores, e smartphones. A média de desconto para aparelhos celulares foi de 16%, e para televisores chegou a 19%.

Segundo a consultoria E-Bit, em 2014, a data deve gerar R$1,2 bilhão somente na internet, que corresponde a 3,5% do faturamento anual, consolidando assim, a Black Friday como uma das datas mais importantes para o comercio online.

Para evitar praticas fraudulentas como a maquiagem de preços, e falsos descontos, a câmara brasileira de comércio eletrônico (Câmara e-net), criou o código de ética para a Black Friday, e publicou uma lista com as lojas participantes que foram regulamentadas segundo as normas da cláusula.

Assim como nos Estados Unidos, a Black Friday Brasil acontece anualmente na sexta-feira seguinte à quarta quinta feira de novembro. Há registros de que o evento também aconteça em lojas físicas, pelo menos no Brasil e Estados Unidos. Outro problema sério que ocorre no Brasil são os descontos “maquiados”, ou seja, as lojas sobem o preço uma semana antes do Black Friday e baixam no dia do evento alegando “mega descontos”.

A segunda edição do Black Friday, em 25 de novembro de 2011, rendeu um faturamento de 100 milhões para o e-commerce brasileiro, representando um incremento de 80% em relação ao ano de estreia país. Após o sucesso de vendas da Black Friday, o Cyber Monday também foi importado para o Brasil.

O terceiro Black Friday ocorreu em 23 de novembro de 2012, em mais de 300 lojas virtuais e foi a primeira vez que lojas de decoração participaram do evento. As empresas Walmart, Extra, Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Saraiva e Fast Shop também foram notificadas pelo Procon por indícios de maquiagem nos descontos.

A quarta Black Friday, que caiu no dia 29 de novembro de 2013, mais uma vez bateu recorde de vendas, contemplando a venda tanto de bens, como produtos diversos, imóveis, carros, artigos infantis; utilidades domésticas, quanto de serviços, como turismo, festas infantis e comunicação. Segundo pesquisa do Provar – Programa de Administração do Varejo, o preço de 21% dos produtos foram aumentados na Black Friday, o que gerou indignação nos e-consumidores, que resgataram a expressão “Black Fraude” para se referir ao evento. Houve um movimento nas redes sociais de posts de print screen dos preços e seu aumento à medida que o dia da Black Friday Brasil se aproximava. Devido a essas incidências, a empresa Reclame Aqui lançou uma ferramenta de monitoramento, onde os usuários podiam conferir a reputação das empresas das quais desejavam efetuar compras e também reclamar ou denunciar práticas irregulares nas promoções.

O evento não tem regulamentação, nem organização centralizada. Qualquer empresa, tanto virtual, quanto física pode fazer promoções com o nome Black Friday. A procura pelo termo ‘Black Friday’ em 2013 cresceu mais de 300% em relação a 2012, o que levou muitas agências de publicidade a se colocarem como centrais oficiais do evento.

Maquiagem de preços

De acordo com um estudo feito pela Opinion Box em parceria com o Mundo Marketing, três em cada quatro internautas brasileiros pretendem aproveitar a data em 2014 para realizar compras online. Apesar de vários outros números positivos apresentados pela pesquisa, foi constatado que 42% dos entrevistados ainda desconfia dos descontos oferecidos no Black Friday.

Uma das maiores reclamações dos consumidores é a maquiagem de preços, tática utilizada pelos e-commerces pra vender mais sem ter que necessariamente diminuir os valores. Funciona da seguinte forma: O lojista sobe arbitrariamente o preço do produto dias ou uma semana antes do Black Friday. Dessa forma, no dia 28 de novembro, ele pode dar um desconto muito grande no produto, e o consumidor acreditará estar levando vantagem.