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Black Friday – Sexta Feira Negra

Há vestígios de que a denominação surgiu no início dos anos 90 na Filadélfia, quando a polícia local chamava de Black Friday o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. Havia sempre muitas pessoas e congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o natal. O termo já foi associado com a crise financeira que atingiu os Estados Unidos em 1869. Também passou a ser usado em 1966, mas só se tornou popular em 1975 quando o uso do termo passou a ser conhecido por meio de artigos publicados em jornais, que abordavam a loucura da cidade durante o evento.

Já se referiu ao período de conforto financeiro para os varejistas. No início de 1980, foi criada uma teoria que usava a cor vermelha para se referir aos valores negativos de finanças e a cor preta para indicar valores positivos. O período negativo correspondia ao período de janeiro a novembro e o lucro acontecia no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças e permanecia até o final do ano.

Alguns anos depois, Black Friday foi o nome usado pelos varejistas para indicar o período de maior faturamento e desde então é a data mais agitada do varejo no país. No dia do evento muitas lojas abrem bem cedo, algumas com até quatro horas de antecedência, para atrair o maior número de consumidores através de ofertas. Milhares de pessoas aguardam em filas enormes. Embora não seja um feriado, muitas pessoas ganham o dia de folga e se tornam consumidores com grande potencial. O dia também é conhecido por dar início à temporada de compras de natal. A popularidade do evento é grande, sendo que os descontos oferecidos são considerados mais atrativos do que os natalinos por muitos consumidores.

Black Friday no Brasil

O primeiro Black Friday do Brasil aconteceu no dia 28 de novembro de 2010 e foi totalmente online. A data reuniu mais de 50 lojas do varejo nacional.

Em 2013, a Black Friday no Brasil bateu seu recorde, lucrando R$770 milhões em comércio online. Os produtos mais almejados são televisores, e smartphones. A média de desconto para aparelhos celulares foi de 16%, e para televisores chegou a 19%.

Segundo a consultoria E-Bit, em 2014, a data deve gerar R$1,2 bilhão somente na internet, que corresponde a 3,5% do faturamento anual, consolidando assim, a Black Friday como uma das datas mais importantes para o comercio online.

Para evitar praticas fraudulentas como a maquiagem de preços, e falsos descontos, a câmara brasileira de comércio eletrônico (Câmara e-net), criou o código de ética para a Black Friday, e publicou uma lista com as lojas participantes que foram regulamentadas segundo as normas da cláusula.

Assim como nos Estados Unidos, a Black Friday Brasil acontece anualmente na sexta-feira seguinte à quarta quinta feira de novembro. Há registros de que o evento também aconteça em lojas físicas, pelo menos no Brasil e Estados Unidos. Outro problema sério que ocorre no Brasil são os descontos “maquiados”, ou seja, as lojas sobem o preço uma semana antes do Black Friday e baixam no dia do evento alegando “mega descontos”.

A segunda edição do Black Friday, em 25 de novembro de 2011, rendeu um faturamento de 100 milhões para o e-commerce brasileiro, representando um incremento de 80% em relação ao ano de estreia país. Após o sucesso de vendas da Black Friday, o Cyber Monday também foi importado para o Brasil.

O terceiro Black Friday ocorreu em 23 de novembro de 2012, em mais de 300 lojas virtuais e foi a primeira vez que lojas de decoração participaram do evento. As empresas Walmart, Extra, Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Saraiva e Fast Shop também foram notificadas pelo Procon por indícios de maquiagem nos descontos.

A quarta Black Friday, que caiu no dia 29 de novembro de 2013, mais uma vez bateu recorde de vendas, contemplando a venda tanto de bens, como produtos diversos, imóveis, carros, artigos infantis; utilidades domésticas, quanto de serviços, como turismo, festas infantis e comunicação. Segundo pesquisa do Provar – Programa de Administração do Varejo, o preço de 21% dos produtos foram aumentados na Black Friday, o que gerou indignação nos e-consumidores, que resgataram a expressão “Black Fraude” para se referir ao evento. Houve um movimento nas redes sociais de posts de print screen dos preços e seu aumento à medida que o dia da Black Friday Brasil se aproximava. Devido a essas incidências, a empresa Reclame Aqui lançou uma ferramenta de monitoramento, onde os usuários podiam conferir a reputação das empresas das quais desejavam efetuar compras e também reclamar ou denunciar práticas irregulares nas promoções.

O evento não tem regulamentação, nem organização centralizada. Qualquer empresa, tanto virtual, quanto física pode fazer promoções com o nome Black Friday. A procura pelo termo ‘Black Friday’ em 2013 cresceu mais de 300% em relação a 2012, o que levou muitas agências de publicidade a se colocarem como centrais oficiais do evento.

Maquiagem de preços

De acordo com um estudo feito pela Opinion Box em parceria com o Mundo Marketing, três em cada quatro internautas brasileiros pretendem aproveitar a data em 2014 para realizar compras online. Apesar de vários outros números positivos apresentados pela pesquisa, foi constatado que 42% dos entrevistados ainda desconfia dos descontos oferecidos no Black Friday.

Uma das maiores reclamações dos consumidores é a maquiagem de preços, tática utilizada pelos e-commerces pra vender mais sem ter que necessariamente diminuir os valores. Funciona da seguinte forma: O lojista sobe arbitrariamente o preço do produto dias ou uma semana antes do Black Friday. Dessa forma, no dia 28 de novembro, ele pode dar um desconto muito grande no produto, e o consumidor acreditará estar levando vantagem.

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