Pokémon GO
Pokémon GO (ou Pokémon Go) é um jogo eletrônico free-to-play de realidade aumentada voltado para smartphones. Foi desenvolvido por uma colaboração entre a Niantic, Inc., a Nintendo e a The Pokémon Company para as plataformas iOS e Android. O jogo foi lançado em julho de 2016 em alguns países do mundo. Fazendo uso do GPS e câmera de dispositivos compatíveis, o jogo permite aos jogadores capturar, batalhar, e treinar criaturas virtuais, chamadas Pokémon, que aparecem nas telas de dispositivos como se fossem no mundo real. Um dispositivo opcional vestível, o Pokémon Go Plus, está previsto para lançamento futuro e irá alertar os usuários quando Pokémon estiverem nas proximidades.
Pokémon Go foi lançado com críticas mistas. Revisores elogiaram a experiência geral do jogo e o incentivo para a aventura no mundo real, embora salientando questões técnicas que eram aparentes no lançamento. Ele rapidamente se tornou um dos aplicativos móveis mais utilizados, logo após o lançamento e foi baixado por mais de 75 milhões de pessoas em todo o mundo. Ele foi creditado com a popularização baseadas em localização e realidade aumentada do jogo, bem como para a promoção da atividade física. Ele também atraiu controvérsia por contribuir para acidentes de carro e se tornar uma perturbação da ordem pública em alguns locais, como o Museu do Holocausto dos Estados Unidos em Washington, DC.
Jogabilidade
Utilizando a câmera de um smartphone, mapas e a localização GPS do jogador, o jogo coloca os pokémon no mundo real a partir da tecnologia de realidade virtual. A proposta é fazer com que o jogador explore as regiões de seu próprio mundo com objetivo de completar a Pokédex e vencer os estágios. O jogo utiliza uma mecânica semelhante ao do Ingress, também desenvolvido pela Niantic Inc., que utiliza o GPS do smartphone para localizar a posição do jogador, a qual consequentemente será a posição de seu personagem no mundo virtual.
Conforme o jogador anda em sua cidade, vários pokémon selvagens podem aparecer no mapa, dependendo do tipo de região em que se encontra. Com isso, ao estar próximo a uma praia ou rio, por exemplo, será mais fácil encontrar Pokémon do tipo água. Ao encontrar um Pokémon, entra-se no modo de captura no qual é necessário mirar precisamente o Pokémon e arremessar a Pokébola. O Pokémon pode tentar desviar ou rebater a Pokébola, sendo necessário ter precisão ao movimentar o celular. Neste modo, o jogador pode optar por capturar num cenário virtual semelhante aos jogos tradicionais de Pokémon ou ativar o modo câmera, que substitui o cenário 3D do jogo pelo cenário do mundo real, ou seja, o lugar exato quê o usuário está, mostrando o Pokémon na sua frente, através do seu celular.
Existem diversas diferenças da versão beta em comparação ao jogo atual, sendo notável a presença da imagem de um professor que orienta o jogador sobre os pokémon, ensinando-o a jogar, assim como nos jogos originais da série, e o redesign completo dos modelos em 3D dos treinadores, que agora possuem uma aparência mais semelhante ao estilo anime. Até o momento, apenas os 151 primeiros Pokémon estão disponíveis, e ainda não há a opção de trocar os Pokémon com um amigo localmente.
O cenário do mundo real pode ser substituído por um cenário virtual a qualquer momento, capturando os Pokémon e realizando missões, como, por exemplo, evoluir o seu personagem ao andar 100km. Quanto maior o nível do personagem do jogador, mais fácil será para achar Pokémon mais fortes. É possível, também, ganhar itens como Pokébolas. Dependendo da cidade, o jogador pode achar PokéStops, que normalmente são localizadas em pontos turísticos, nos quais é possível recolher itens caso ninguém tenha passado pelo lugar nos 5 minutos anteriores. Nessas PokeStops são distribuídas poções, pokébolas e até mesmo ovos Pokémon que, assim como no jogo, irão chocar conforme o jogador anda pela cidade.
Assim como nos jogos oficiais da série, também se pode encontrar estágios. Ao encontrar um estágio, se é obrigado a escolher um time, Vermelho, Azul ou Amarelo, cada qual representando a cor de uma das três aves lendárias, Moltres, Articuno e Zapdos. Se este ginásio for do mesmo time que o do usuário, ele pode treinar nele e evoluir seus Pokémon. Caso se tenha encontrado um ginásio inimigo, então irá batalhar com todos os membros e, caso ganhe, poderá tomar este ginásio para o time ao qual pertence, tornando-se o dono dele. Neste modo de batalha, também pode-se optar por utilizar o modo câmera para ver o Pokémon batalhando no mundo real. Caso os itens acabem e não haja uma PokéStop por perto, o usuário pode optar por comprar itens na loja do jogo.
Esta não é a primeira vez que a Nintendo junta a franquia Pokémon com a Realidade Aumentada. No jogo Pokémon Dream Radar, lançado para Nintendo 3DS, o console era utilizado para tentar capturar os Pokémons que apareciam ao redor olhando pela tela do 3DS. Os Pokémons capturados podiam ser transferido para os jogos Pokémon Black 2 e White 2. Entretanto, foi apenas em Pokémon GO que tal tecnologia foi utilizada na franquia de maneira tão profunda, visto que o jogo foca totalmente na realidade aumentada literalmente colocando os Pokémons no mundo real interagindo com elementos reais através do celular.
PokeStop
É o termo utilizado no jogo Pokémon Go que designa os pontos onde o jogador pode conseguir itens como poções, incensos, revives, doces, pokébolas (pokéballs), ovos (eggs) ou até mesmo Pokémons. Nestes locais, não há a necessidade de lutar para conseguir Pokémons quando estes estão disponíveis nos PokeStops, os demais itens também são gratuitos.
Para encontrar os PokeStops, o jogador deve se orientar pelo mapa do jogo e basta se aproximar com seu smartphone e pegar o que está disponível no local utilizando o aplicativo para girar o disco azul que irá aparecer. Há a possibilidade de simplesmente sair do PokeStop que os itens também serão apanhados, no entanto, não funciona se estiver em deslocamento com carro ou ônibus.
Os PokeStops podem estar localizadas em shoppings, monumentos, praças, parques e lugares públicos em geral. Existem maior concentração nas grandes cidades do que nas pequenas, mas em geral não é necessário um deslocamento muito grande para encontrar um, sendo que são mais comuns do que os ginásios.
Desenvolvimento
O conceito para o jogo foi concebido em 2014 por Satoru Iwata da Nintendo e Tsunekazu Ishihara da The Pokémon Company como uma April Fools’ Day colaboração com Google, chamado de Pokémon Challenge. Ishihara tinha sido um desenvolvedor fã do jogo de realidade aumentada anterior de Niantic, o Ingress, e viu o conceito do jogo como um jogo perfeito para série Pokémon. Niantic usou dados de ingresso para preencher os locais para PokéStops e ginásios dentro no Pokémon Go. Em 10 de dezembro de 2015, Ishihara dedicou seu discurso de anúncio do jogo a Iwata, que tinha morrido dois meses antes. A trilha sonora do jogo foi escrita pelo compositor de longa data da série Pokémon, Junichi Masuda, que também contribuiu com algum design do jogo. Entre os designers visuais está Dennis Hwang, que já havia trabalhado no Google, e quem criou o logotipo do Gmail.
Em 4 de março de 2016, começou a fase de testes de Pokémon GO no Japão, e em 7 de abril do mesmo ano começaram os testes na Nova Zelândia e Austrália. Mais tarde, em 16 de maio, a Niantic anunciou em seu blog que o jogo entraria em fase de testes também nos Estados Unidos. O teste chegou ao fim em 30 de junho.
Em 24 de julho, John Hanke revelou as aparências dos três líderes da equipe na Comic-Con 2016: Candela (Time Valor), Blanche (Time Místico), e Spark (Time Instinto). Hanke comentou que aproximadamente 10% das ideias para o jogo foram implementadas. Atualizações futuras, incluindo novos Pokémons e trocas entre os jogadores, bem como a implementação de Pokémon Centers em PokéStops, correções na função de busca de Pokémons nos arredores e treinamento mais fácil foram também confirmados. Ele também afirmou que Niantic será a responsável pelo suporte do jogo nos próximos anos.
Acessório
O Pokémon Go Plus é um dispositivo vestível equipado com Bluetooth que permite aos jogadores executar determinadas ações no jogo sem olhar para o seu smartphone. Quando um jogador está perto de um Pokémon ou PokéStop, por exemplo, o Plus vibra. O jogador pode, em seguida, pressionar o botão para capturar um Pokémon em sua pulseira, sem poder, entretanto, verificar sua captura até que o acessório esteja conectado ao smartphone para transferir as informações.
O lançamento seria previsto para final de julho, mas foi adiado para setembro de 2016. O visual do acessório é uma combinação de uma Pokébola com o formato característico do pin usado no Google Maps. A decisão de criar um dispositivo em vez de criar um aplicativo para smartwatches faz aumentar o engajamento entre os jogadores para os quais um relógio inteligente é proibitivamente caro. O Plus, que teve um preço de pré-venda de US$34,99, foi catalogado no eBay por mais de US$100 após o fim dos estoques da Amazon, GameStop e da loja oficial Pokémon.
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